Algodoeiro e como ele pode ajudar na produção de leite humano: uma breve revisão da literatura!


Nome científico:
  Gossypium herbaceum L.

Onde pode ser encontrada: cerca de cinquenta espécies de algodão do gênero Gossypium estão distribuídas nos continentes Asiático, Africano, Americano e na Austrália.

Parte da planta utilizada: raiz e a semente

A semente contém celulose, cera e ácidos palmítico, esteárico e pectínico. 

Cerca de 20% é constituído por matéria proteica, 23% de matéria nitrogenada, 7% de gossipol e fenóis. 

O córtex da raiz contém ácido gossípico, resina, fitosterol, óleos fixos, gossipol, açúcares, gomas, taninos, clorofila, acetovanilona, ácido salicílico, substâncias fenólicas e betaína.

Forma de utilização: na fitoterapia são utilizados o extrato fluido e a tintura das cascas da raiz. 

Indicações: emoliente e diurético, o algodoeiro favorece a digestão, contribui para um melhor funcionamento das vias urinárias e combate algumas afecções da pele, como cravos e espinhas. Suas indicações mais importantes, porém, são as doenças próprias da mulher: de comprovada ação hemostática, é utilizado em casos de menstruação abundante, hemorragias após o parto, dores e inflamações do útero e do ovário e retenção da placenta. É empregado ainda para provocar contrações uterinas, e também em casos de insuficiência de leite materno.

Propriedades galactagogas: alguns trabalhos mostraram que as sementes de Gossypium são ricas em pectina, e que vários outros extratos também ricos em pectina são capazes de estimular a liberação de prolactina em animais.

Extratos de plantas com altas concentrações de pectina aumentam a concentração de componentes C3 e C4 do sistema complemento no colostro de mulheres no pós-parto. Estes componentes são agentes antibacterianos inespecíficos que estão presentes no colostro. 

Outros estudos tem demonstrado que extratos de plantas ricos em pectina aumentam a liberação de prolactina e a síntese de leite em ratos quando administrados por via oral. Este estudo sugeriu que extratos de plantas ricas em pectina favorecem a transferência de complementos C3 e C4 do sangue para o colostro por um mecanismo desconhecido. Além disto, a pectina e o ácido pectínico em sua forma pura podem reproduzir a ação promovidas por estes extratos. Os autores sugerem ainda o uso, no pós-parto, de extratos de plantas ricas em pectina para reforçar a atividade antimicrobiana no colostro. Sepehri e colaboradores demonstraram num estudo que a pectina é capaz de estimular a liberação de prolactina de fragmentos hipofisários incubados em um meio artificial.

Fonte:

KELLER, Gabriela de Castro. Uso de medicamentos alopáticos e compostos fitoterápicos como forma de auxiliar a manutenção do aleitamento materno. 2010.



Pesquisa a ser continuada!
Com amor e ciência,
Rebeca

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